A incerteza de não te ter assola-me a alma
vagueio entre sonhos de uma vida a dois
e pesadelos de uma vida longe de ti
despojada de sentido e emoção,
em que a razão teima em chegar.
Quando estou contigo o tempo pára,
mas quando olho,
o relógio passou rápido demais,
gostava de poder andar atras no tempo,
e repetir o primeiro encontro vezes sem conta,
sentir o teu corpo junto ao meu
num frenesim de sensações,
o beijo prolongado,
e sentir a tua respiração ofegante
junto ao meu ouvido,
os teus lábios a pedir pelos meus
e loucamente entrelaçamo-nos
como uma tesoura no papel,
e a cumplicidade é imediata,
e de repente o tempo pára de novo,
não te consigo largar,
não quero,
quero ficar assim para sempre,
só tu e eu
a olharmo-nos nos olhos
como se fosse a primeira vez.