quinta-feira, 11 de março de 2021

 A incerteza de não te ter assola-me a alma

vagueio entre sonhos de uma vida a dois 

e pesadelos de uma vida longe de ti

despojada de sentido e emoção,

em que a razão teima em chegar.


Quando estou contigo o tempo pára,

mas quando olho,

 o relógio passou rápido demais,

gostava de poder andar atras no tempo,

e repetir o primeiro encontro vezes sem conta,

sentir o teu corpo junto ao meu

num frenesim de sensações,

o beijo prolongado,

e sentir a tua respiração ofegante 

junto ao meu ouvido,

os teus lábios a pedir pelos meus 

e loucamente entrelaçamo-nos 

como uma tesoura no papel,

e a cumplicidade é imediata,

e de repente o tempo pára de novo,

não te consigo largar,

não quero,

quero ficar assim para sempre,

só tu e eu

a olharmo-nos nos olhos

como se fosse a primeira vez.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Adeus

Escrevo-te para te dizer adeus,
O adeus que nunca quis dizer
E sou forçado a dizer agora,
O adeus que me deixa de lágrimas nos olhos 
E me consome por dentro.

Perdi-te sem nunca te conseguir ter
Não por falta de vontade ou tentativa,
Mas por nunca me permitires a entrar no teu coração,
Fechado a sete chaves,
Por medo ou por sonho de algo melhor,
Perdi-te e tu perdeste uma grande pessoa,
Sem saberes ou sequer a conheceres.

Dizias querer conhecer-me 
Mas nunca tentaste entrar no meu mundo,
E me conhecer realmente.
Ficaste pela superfície
E nunca mergulhaste para ver o fundo do mar,
Enquanto esperei pacientemente por ti.


Deixo-te partir para que encontres a tua felicidade
Seja ela onde for
E de que maneira for


Hoje as minhas estrofes não tem ordem nem métrica, 
Como o meu coração, 
Que bate desalinhado e sem ritmo
Perdido perante os teus olhos



A minha cabeça não pára 
E os meus pensamentos são em ti,
Todos e nenhum, 
Procurando a razão do porquê, 
Mas a razão teima em não chegar, 
Assim como tu nunca chegaste.



Deixo-te partir porque te quero, 
Sem nunca te ter tido, 
Mas deixo-te partir para te ver feliz
Sem nunca te ter feito. 



Adeus.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Sentimentos ambivalentes

Perco-me na simplicidade do teu olhar,
no teu sorriso genuíno
que me prende a cada segundo
e me para a respiração.

Quando olho para ti sinto que o tempo pára,
nada mais interessa lá fora
somos sós nos os dois
e o mundo parou.

A dor que sinto ao não te ter,
ao não te poder tocar,
e beijar intensamente 
faz-me sentir pequeno,
de repente custa-me a respirar,
e a ansiedade de não de ter apodera-se de mim.

Quero mais, quero-te a ti
junto a mim
um dia e outro 
e não deixar passar o tempo
e me arrepender de não ter tentado.

Escrevo-te porque não te quero perder
ainda não te tendo,
escrevo-te porque te quero dizer tudo o que sinto
e não te consigo dizer em conversa,

No dia que te conheci os meus olhos pararam
absorvidos em ti,
não conseguia parar de olhar o teu sorriso, 
a simplicidade dos teus movimentos,
a forma majestosa como andas,
tudo em ti era de uma beleza superior
digna de princesa.

Mas agora o meu coração aperta cada vez mais,
gostaria que tudo fosse mais simples,
e que com uma simples troca de olhares
percebesses o que sinto por ti neste momento.

Não procures perfeição em mim,
que isso não irás encontrar,
mas encontrarás noutro lado?

A vida é um risco,
e quem não arrisca,
arrisca-se a não viver 
e eu prefiro sofrer depois
do que sofrer agora por não ter arriscado em ti!