Hoje é sem duvida um dos dias mais tristes da minha vida. Irei relatar o que foi simplesmente uma noite péssima, e um dia de “ressaca” de maus pensamentos e acções de amigos, e o motivo que me levou a criar este blogue.
Vou passar então a contar a situação. Tudo se passou ontem, dia 9 de Julho, eu e um “amigo” meu fomos sair a noite com mais duas raparigas suecas que conhecemos a tarde na praia. Levamos 3 garrafas de vinho branco, e começamos a beber com elas, e a divertirmo-nos bastante, até ai tudo bem. O problema veio depois, quando fomos para um bar, e a meio eu levanto-me para ir pedir uma musica, que entretanto devido ao meu elevado estado de alcoolemia fiz uma das piores coisas que tenho feito nos últimos tempos, e me fez sentir bastante mal – atirei a ponta do cigarro para o ar, que felizmente penso que não acertei em ninguém – e depois o segurança do bar mandou-me sair, porque achou que não era correcto andar a fazer aquele género de coisas no bar. Tudo bem, sai. Quando vim cá para fora, tentei convencer o segurança de que aquela cena não se iria repetir, porém foi em vão, e não entrei mais naquele bar (e penso que nunca mais lá voltarei na vida), pelo que seguidamente fui bater no vidro do bar, na esperança que o meu amigo fosse lá fora me ajudar, para falar com o segurança para me deixar entrar de novo, porém bati, bati e bati, até aleijar um dedo, e quando ele olhou para mim, e me viu em alvoroço a chama-lo, a única coisa que fez, ou alias não fez, foi fazer simplesmente nada e continuar a beber com as suas novas amigas da Suécia como se nada se passasse (penso que possa ser muito importante para ele o contacto com pessoas de outras línguas, visto que está no curso de Turismo, talvez essa tenha sido essa a razão). Porém ainda não consegui perceber a verdadeira razão que provocou a sua inércia e inactividade, visto que a resposta dele foi: “Não percebi o que se tinha passado, pensei que me tavas a chamar para ir ver de outras bifas”. Ora bem, a esta resposta vi-me obrigado a dizer-lhe: “ Ou tu es muito burro e não conseguiste perceber que nós estávamos sentados com duas suecas lindíssimas e que não me interessavam mais nenhumas naquela altura, ou então tas a gozar com a minha cara só pode”. E depois ainda me disse que eu estava chateado com ele, porque ele “se tinha safado e eu não”, ao qual dei uma grande risada e lhe disse que não tinha nada a ver com elas, que o problema não era as raparigas que estavam em causa, mas a nossa amizade, e a prova de falta dela, que ele me tinha dado, por isso passei o dia inteiro a oscilar entre o alivio de ter dito tudo o que pensava, e a angustia de ter perdido alguém que considerava como um bom amigo, que me levou a um enorme enjoo durante uma viagem de 4 horas até Lisboa (altura em que comecei a escrever o post) que provocou um atraso de 30 minutos aos outros passageiros por ter de ir à casa de banho.
Agora que expliquei sinteticamente ao máximo esta experiência não muito agradável, ao que o único beneficio que espero tirar daqui, seja uma maior reflexão para as atitudes que temos com os outros, e não culpar ninguém pelos seus actos.
Sempre disse que pior que traição de amor, é traição de amizade. Mulheres há muitas, amigos são para a vida, e não se arranjam bons amigos todos os dias. Por isso proponho a cada um que pense para si quais são as suas prioridades? E se vale a pena estragar uma amizade por causa de raparigas? À conversa com um sueco nessa mesma noite, apercebi-me que o problema não é só de uma ou duas pessoas, mas sim de uma conduta generalizada pela nossa sociedade, visto que quando eu lhe contei essa história, ele me responde da seguinte forma: “Absurdo. Nunca faria uma coisa dessas a um amigo meu, nem que fosse a Giselle Bundchen”, e depois rimos um bocado, e o meu mal-estar da noite passou por momentos…
2 comentários:
Bem javali, gostei muito do que Li!! Não te conhecia esta veia de escritor mas gostei...e concordo com tudo o que dizes, pior que traição de amor é a traição de amizade...infelizmente também já exprimentei disso =( Beijinhos e diverte-te muito muito, sofia pg*
Sempre a aprender!
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