terça-feira, 11 de novembro de 2008

A vida num segundo...

Hoje é um dia triste. Recebi uma má noticia. Morreu um conhecido meu, rapaz de 22 anos, estudante na universidade de Direito, filho do banqueiro Paulo Teixeira Pinto, o qual também não tem tido uma vida fácil este ano, depois de receber a noticia de uma doença neurológica grave que o levou a pedir a reforma antecipada e da separação com Paula Teixeira Pinto acabou perdendo um filho na flor da idade. Considero que isto ainda foi o pior que lhe aconteceu. Deverá haver pior coisa no mundo do que perder um filho?Ainda por cima por causa natural? Isto de natural não tem nada, é completamente contra-natura. Paulo, com 22 anos, morreu eu casa, sentado num sofá ao lado da irmã. Causa de morte: um sopro no coração - um som anormal produzido pelo fluxo de sangue turbulento dentro do coração. Um sopro, como quem sopra por trás da nossa orelha, rápido e fugaz, e de um segundo para o outro perdeu-se uma vida. Uma vida de um jovem de 22 anos que tinha uma vida inteira pela frente, e que num momento, num segundo , fechou os olhos para sempre, para a eternidade, para não mais voltar, deixando para trás uma familia desolada, uma familia lavada em lágrimas, com uma ferida profunda, com um luto incurável. Que merda de destino é este? Em vez de escrever palavras bonitas e profundas apetece-me mandar tudo para a puta que pariu. E gritar alto Que Deus? Que existes e onde estás nestes momentos?
Um jovem de 22 anos, como qualquer outro, podia ser eu, podias ser tu, podia ser qualquer pessoa. É nestas alturas (infelizmente so quando recebemos estas más noticias) que nos pomos a pensar na nossa existência, sobre a forma como estamos a viver a vida. Será que a estamos a aproveitar como deve ser? Ou andamos preocupados com merdas que não interessam para nada, como o dinheiro para comprar umas calças ou um carro outra merda qualquer, quando há pessoas que não têm sequer dinheiro para comer, e quando morrem jovens assim, desta forma horrivel. Será que não há coisas mais importantes na vida? Sim há, e espero que isto sirva de reflexão para todas as pessoas, que pensem se os seus problemas são realmente problemas? Provavelmente 95% responderam que não, porque se têm internet também têm dinheiro para comer, os outros 5% talvez tenham problemas de saude, e possam realmente estar mal.
Ainda que não conhecesse muito bem o Paulo, a sua morte chocou-me, como choca qualquer jovem da minha idade. Na esperança de um mundo melhor e de uma vida melhor, vamos dar mais importância a coisas realmente importantes. Preservar as amizades, o amor e a compaixão pelos outros. Vamos acordar deste estado de sonambulismo em que vivemos, e viver a vida de uma vez por todas, e a vida vive-se lá fora, no prazer duma gargalhada ou de um desabafo...

Que Deus esteja contigo Paulo.

1 comentário:

funk disse...

«É nestas alturas (infelizmente so quando recebemos estas más noticias) que nos pomos a pensar na nossa existência, sobre a forma como estamos a viver a vida.»

Nem mais.

angel