quinta-feira, 11 de março de 2021

 A incerteza de não te ter assola-me a alma

vagueio entre sonhos de uma vida a dois 

e pesadelos de uma vida longe de ti

despojada de sentido e emoção,

em que a razão teima em chegar.


Quando estou contigo o tempo pára,

mas quando olho,

 o relógio passou rápido demais,

gostava de poder andar atras no tempo,

e repetir o primeiro encontro vezes sem conta,

sentir o teu corpo junto ao meu

num frenesim de sensações,

o beijo prolongado,

e sentir a tua respiração ofegante 

junto ao meu ouvido,

os teus lábios a pedir pelos meus 

e loucamente entrelaçamo-nos 

como uma tesoura no papel,

e a cumplicidade é imediata,

e de repente o tempo pára de novo,

não te consigo largar,

não quero,

quero ficar assim para sempre,

só tu e eu

a olharmo-nos nos olhos

como se fosse a primeira vez.