segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Histórias de vida (cont.)

Bem e como o nome do próprio blog indica, entrámos numa conversa paralela. Algo que me sucede muito, como me disseram no outro dia, a minha conversa é como as cerejas, vai-se saltando de cereja em cereja.
Para mim cada viagem, cada destino traz-nos um sentimento, deixa-nos uma marca como um sinal na pele, que fica registada no nosso Eu, armazenada algures em qualquer parte do nosso córtex, não ficando em nenhum lado especifico, mas em todo o espaço, em todo o nosso pensamento, acrescentando-nos a amplitude e a diversidade cultural ao nosso mundinho, e à forma de nos relacionarmos com os outros.
Cada pessoa que se conhece é um mundo novo, uma nova perspectiva de o vermos, adiciona um pouco de branco ao nosso mundo cinzento, ou por vezes o contrário, contudo devemos encarar esse conhecimento como algo positivo, porque foi mais uma experiência que tivémos na vida, boa ou má, serviu para termos um maior conhecimento humano, e como dizia Voltaire: "pode não se encontrar o que se deseja, mas encontra-se sempre algo novo". E é essa novidade que nos enriquece, proporcionando a auto-descoberta do mundo, criando-o à nossa maneira, e não nos devemos arrepender de nada que fizémos na vida, porque se em determinada altura tivermos tomado determinada acção, era isso que queríamos naquele momento e não outra coisa.

É sempre dura a partida. Fica-se sempre com a sensação que se podia ter feito algo mais, visitado aquele sitio que não se visitou, conhecer aquela pessoa que desejariamos ter conhecido e não conhecemos, mas se reflectirmos bem, podemos pensar que se isso não aconteceu é porque não tinha de acontecer e por algum motivo que nos é alheio assim aconteceu; são estas as regras do acaso e do destino.

2 comentários:

funk disse...

Acreditas que tudo acontece porque tem de acontecer ou queres acreditar para que não lamentes todas as pessoas que não conheceste, todos os livros que não leste e todos os sítios aonde não foste?

Fábi disse...

Se a paixão for o ingrediente base pelo qual te moves e pelo qual desfrutas da vida, e se a viveres sentindo sempre que VIVER É UMA DADIVA, o sentimento do podia ter visto, podia ter sentido...podia... irá sem duvida desvanescer-se bem rápido.
Porque o teu coração em harmonia com o teu Eu irá sentir que aquele "momento", (que foi só teu - porque mesmo que alguém o tenha partilhado ctg nunca o terá sentido da mesma forma que tu, mais que não seja porque não existem pessoas iguais...) não tinha como existir de uma outra forma…porque foi o de TEU MOMENTO.
Momentos esses que fazem sentir-nos como é bom existir e agradecer á aquele alguém espiritual por nos permite continuar a ter mais momentos...momentos esses que vamos guardando numa cómoda com gavetas etiquetadas que abres para recordar, e respirar novamente AQUELE momento quando te bate a saudade, quando te bate a frustração de pensar que não vais conseguir ou porque simplesmente te faz sentir VIVO saber que podes continuar a desfrutar daqueles momentos que são só teus, nem que seja pela recordação que te trazem…
A sabedoria real reside em saber que mais do que sentir o que esses momentos nos trouxeram de precioso ou de positivo, (porque mesmo que nos magoe, algo positivo advêm sempre.) é a lição do como melhor agir no futuro… Isso irá ditar a formação do nosso eu, todas essas experiencias e momentos que nunca são negativos na sua totalidade, desde que daqui se tenha a capacidade de filtrar a lição de vida que esses momentos muitas vezes tão simples nos podem oferecer e nos fazem amadurecer…. É um ciclo. O ciclo da vida …